
Você sabia que a reprodução das raias ainda é um mistério para a ciência? Enquanto muitas espécies já contam com técnicas bem desenvolvidas, ainda sabemos pouco sobre como ajudar esses fascinantes animais a se reproduzirem.
Para entender melhor esse processo, pesquisadores estudaram duas espécies – a raia-pintada (Aetobatus narinari) e a raia-borboleta (Gymnura altavela) – no AquaRio, no Rio de Janeiro. O objetivo era descobrir como diferentes níveis de salinidade afetam a ativação dos espermatozoides, um passo essencial para desenvolver novas formas de reprodução assistida.
Várias concentrações de água salgada foram testadas para ver em quais condições os espermatozoides se moviam melhor. Os resultados mostraram que a raia-pintada teve melhor desempenho em salinidades 37 ppt. Já para a raia-borboleta, os melhores níveis ficaram entre 13 e 37 ppt. Mas o que isso significa? Saber quais condições favorecem a reprodução das raias pode ser um grande avanço para ajudar no manejo reprodutivo dessas espécies, tanto em aquários quanto na natureza.
Esse estudo é um dos primeiros a mostrar a influência da salinidade na reprodução desses animais, abrindo caminho para novas estratégias de conservação. A pesquisa teve o apoio do AquaRio, IMV Technologies Brasil, Grupo Cataratas e Instituto Reprocon.
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